Padres Pedófilos? O outro lado ninguém vê!

Quando a Igreja responde, quase ninguém toma conhecimento! Mas... Para quem tem o desejo de ser um pouco mais inteligente e não se deixar levar por apenas um lado da história, escolha um texto da coletânea abaixo e leia!!!!
BOM PROVEITO!!!



Para ver a "Carta Pastoral do Santo Padre Bento XVI aos Católicos da Irlanda" e outros documentos de interesse, acesse o site do Vaticano: http://www.vatican.va/resources/index_po.htm

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Lobby laicista contra Papa: grande boato do “New York Times”
Por Massimo Introvigne

ROMA, quinta-feira, 25 de março de 2010 (ZENIT.org).- Se existe um jornal que me vem à mente quando se fala de lobbies laicistas e anticatólicos, este é o New York Times. No dia 25 de março de 2010, o jornal de Nova York confirmou esta vocação sua com um incrível boato relativo a Bento XVI e ao cardeal secretário de Estado, Tarcisio Bertone.
Segundo o jornal, em 1996, os cardeais Ratzinger e Bertone teriam ocultado o caso – indicado à Congregação para a Doutrina da Fé pela arquidiocese de Milwaukee – relativo a um padre pedófilo, Lawrence Murphy. Incrivelmente – após anos de esclarecimentos e depois que o documento foi publicado e comentado amplamente em meio mundo, desvelando as falsificações e erros de tradução dos lobbies laicistas –, o New York Times ainda acusa a instrução Crimen sollicitationis, de 1962 (na verdade, 2ª edição de um texto de 1922) de ter agido para impedir que o caso Murphy fosse levado à atenção das autoridades civis.
Os fatos são um pouco diferentes. Por volta de 1975, Murphy foi acusado de abusos particularmente graves e desagradáveis em um colégio para menores surdos. O caso foi imediatamente denunciado às autoridades civis, que não encontraram provas suficientes para proceder contra Murphy. A Igreja, nesta questão mais severa que o Estado, continuou com persistência indagando sobre Murphy e, dado que suspeitava que ele fosse culpado, limitou de diversas formas seu exercício do ministério, apesar de que a denúncia contra ele tinha sido arquivada pela magistratura correspondente.
Vinte anos depois dos fatos, em 1995 – em um clima de fortes polêmicas sobre os casos dos “padres pedófilos” –, a arquidiocese de Milwaukee considerou oportuno indicar o caso à Congregação para a Doutrina da Fé. A indicação era relativa a violações da disciplina da confissão, matéria de competência da Congregação, e não tinha nada a ver com a investigação civil, que havia sido levada a cabo e que havia sido concluída 20 anos antes. Também é preciso observar que, nos 20 anos precedentes a 1995, não houve nenhum fato novo nem novas acusações feitas a Murphy. Os fatos sobre os quais se discutia eram ainda aqueles de 1975.
A arquidiocese indicou também a Roma que Murphy estava moribundo. A Congregação para a Doutrina da Fé certamente não publicou documentos e declarações 20 anos depois dos fatos, mas recomendou que se continuasse limitando as atividades pastorais de Murphy e que lhe fosse pedido que admitisse publicamente sua responsabilidade. Quatro meses depois da intervenção romana, Murphy faleceu.
Este novo exemplo de jornalismo lixo confirma como funcionam os “pânicos morais”. Para desonrar a pessoa do Santo Padre, desenterra-se um episódio de 35 anos atrás, conhecido e discutido pela imprensa local já na década de 70, cuja gestão – enquanto era da sua competência e 25 anos depois dos fatos – por parte da Congregação para a Doutrina da Fé foi canônica e impecável, e muito mais severa que a das autoridades estatais americanas.
De quantas destas ‘descobertas’ ainda temos necessidade para perceber que o ataque contra o Papa não tem nada a ver com a defesa das vítimas dos casos de pedofilia – certamente graves, inaceitáveis e criminais, como Bento XVI recordou com tanta severidade –, mas que tenta desacreditar um pontífice e uma Igreja que incomodam os lobbies pela sua eficaz ação de defesa da vida e da família?
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Papa não encobriu o caso Murphy
Resposta ao caso do sacerdote que abusou de crianças com deficiência auditiva
Por Jesús Colina

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 25 de março de 2010 (ZENIT.org).- “Não houve encobrimento algum”, garante o jornal vaticano em sua resposta a um artigo do New York Times, que tenta envolver a Congregação para a Doutrina da Fé, quando tinha como prefeito o então cardeal Joseph Ratzinger, no gravíssimo caso de um sacerdote americano acusado de abusar sexualmente de crianças com deficiência auditiva.
Trata-se do Pe. Lawrence C. Murphy, responsável por abusos cometidos contra menores de idade em um centro católico especializado, onde ele trabalhou de 1950 a 1974. Este caso, como explica o próprio jornal nova-iorquino, foi apresentado muito depois, em 1996, pela arquidiocese de Milwaukee, à Congregação para a Doutrina da Fé, cujo prefeito era o cardeal Ratzinger e seu secretário era o então arcebispo Tarcisio Bertone, hoje cardeal secretário de Estado.
Como explicou um comunicado do Pe. Federico Lombardi, SJ, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, a arquidiocese americana não apresentou o caso por denúncias de abusos sexuais do sacerdote – uma questão que, para a justiça americana, havia sido arquivada anos atrás –, e sim pela violação do sacramento da penitência, perpetrada através de solicitações sexuais no confessionário, delito castigado pelo cânon 1387 do Código de Direito Canônico.
“Como se pode deduzir facilmente lendo a reconstrução realizada pelo New York Times sobre o caso do Pe. Murphy, não houve encobrimento algum”, assegura o L’Osservatore Romano na edição de 26 de março.
“Isso se confirma na própria documentação que complementa o artigo do jornal americano – acrescenta o L’Osservatore Romano –, na qual aparece a carta que o Pe. Murphy escreveu em 1998 ao então cardeal Ratzinger, pedindo que a investigação canônica fosse interrompida devido ao seu grave estado de saúde”. De fato, ele faleceu poucos meses depois, em estado de isolamento.
“Também neste caso, a Congregação respondeu, através do arcebispo Bertone, convidando o arcebispo de Milwaukee a aplicar todas as medidas pastorais previstas pelo cânon 1341 do Código, para reparar o escândalo e restabelecer a justiça”, garante o jornal vaticano.
“É importante observar, como declarou o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, que a questão canônica apresentada à Congregação não estava relacionada de forma alguma com um possível procedimento civil ou pena contra o Pe. Murphy, contra quem a arquidiocese já havia empreendido um procedimento canônico, como evidencia a abundante documentação publicada na internet pelo jornal de Nova York”, acrescenta o artigo.
“A pedido do arcebispo, a Congregação respondeu com uma carta assinada pelo então arcebispo Bertone, em 24 de março de 1997, indicando que se procedesse segundo estabelece a Crimen sollicitationis”, carta da Congregação para a Doutrina da Fé sobre os delitos mais graves, revela o jornal da Santa Sé.
L’Osservatore Romano explica quais são os critérios indicados à Igreja pelo cardeal Ratzinger e por Bento XVI para esclarecer os diferentes casos de abusos sexuais cometidos por sacerdotes ou religiosos: “transparência, firmeza e severidade”.
“Uma forma de agir coerente com sua história pessoal e com mais de 20 anos de atividade como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, que evidentemente é temida por quem não quer que se afirme a verdade e que preferiria poder manipular, sem nenhum fundamento, episódios horríveis e casos dolorosos que se remontam a décadas”, afirma o jornal vaticano.
O professor Massimo Introvigne, sociólogo e diretor do Centro de Estudos europeu sobre as Novas Religiões, em uma análise compartilhada com a Zenit, constata que os fatos narrados pelo New York Times não são precisos em alguns trechos e inclusive, segundo ele, foram manipulados.
“Para desonrar a pessoa do Santo Padre, agita-se um episódio ocorrido há 35 anos, já conhecido e discutido pela imprensa local na década de 70, cuja gestão – enquanto era da sua competência e 25 anos depois dos fatos – por parte da Congregação para a Doutrina da Fé foi canônica e moralmente impecável, e muito mais severa que a das autoridades estatais americanas.”
“De quantas destas ‘descobertas’ ainda temos necessidade para perceber que o ataque contra o Papa não tem nada a ver com a defesa das vítimas dos casos de pedofilia – certamente graves, inaceitáveis e criminais, como Bento XVI recordou com tanta severidade –, mas que tenta desacreditar um pontífice e uma Igreja que incomodam os lobbies pela sua eficaz ação de defesa da vida e da família?”, pergunta-se o sociólogo.
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Vaticano: New York Times publica especulações contra o Papa
Santa Sé e arquidiocese de Munique desmentem as acusações

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 26 de março de 2010 (ZENIT.org).- As novas acusações do New York Times contra Bento XVI não passam de “mera especulação”, esclarece a Santa Sé, confirmando que o Papa é alheio à reintegração pastoral na arquidiocese de Munique de um sacerdote condenado por atos de pederastia. O jornal nova-iorquino repetiu hoje, em um artigo, informações publicadas pelo jornal alemão Süddeutsche Zeitung (cf. ZENIT, 12 de março de 2010), nas quais se acusava o cardeal Joseph Ratzinger de ter designado o sacerdote conhecido como “H.” à assistência pastoral em uma paróquia de Munique, sem nenhum limite.
Este é o segundo artigo consecutivo publicado pelo New York Times com o objetivo de atacar Bento XVI diretamente. Ambos os artigos foram categoricamente desmentidos pelo Vaticano.
Hoje, o Pe. Federico Lombardi, SJ, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, referiu-se a um novo comunicado da arquidiocese bávara no qual se repete que o cardeal Ratzinger não teve participação alguma na decisão de reintegrar pastoralmente este sacerdote; tal decisão foi tomada pelo então vigário-geral, Gerhard Gruber, que assumiu plena responsabilidade por ela.
Segundo a arquidiocese, Ratzinger havia se limitado a acolher o presbítero na própria arquidiocese; ele chegou da diocese de Essen, em janeiro de 1980, para ser submetido à psicoterapia em Munique, devido aos seus transtornos sexuais, e precisava de uma residência.
“Mais especulações” é o título da breve nota na qual o L’Osservatore Romano informa sobre esta questão, em sua edição italiana de amanhã.
Segundo as informações da arquidiocese de Munique, apresentadas pelo Pe. Lombardi aos jornalistas, que no Vaticano solicitaram um esclarecimento hoje, “o artigo do New York Times não contém nenhuma nova informação, além das que a diocese já comunicou sobre os conhecimentos do então arcebispo acerca da situação do sacerdote H.”.
“A arquidiocese confirma, portanto, sua suposição segundo a qual o então arcebispo não conhecia a decisão de reinserir o sacerdote H. na atividade pastoral paroquial – prossegue o comunicado. A arquidiocese desmente qualquer outra versão, considerando-a mera especulação.”
“O então vigário geral, Dom Gerhard Gruber, assumiu plena responsabilidade na decisão, própria e equivocada, de reinserir H. na pastoral da paróquia”, conclui a arquidiocese de Munique.

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Carta do Papa é realista e muito forte
D. Odilo Scherer comenta orientações de Bento XVI à Igreja na Irlanda

SÃO PAULO, terça-feira, 23 de março de 2010 (ZENIT.org).- Apresentamos a seguir a entrevista que o cardeal Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, concedeu ao jornal O São Paulo, difundida hoje pelo portal da arquidiocese. –Com que disposições de alma deve ser acolhida a Carta do Papa aos católicos da Irlanda?
–Dom Odilo: A carta do Papa é realista e muito forte; deveria ser lida com atenção e acolhida como uma palavra clara sobre a posição da Igreja em relação aos tristes problemas abordados, isto é, o abuso sexual de crianças e adolescentes por pessoas da Igreja, mas também por pessoas não pertencentes a ela. A Igreja não ensina, não incentiva e não aprova isso, mas reprova e condena firmemente tais tristes fatos. E quem os comete deve cair na conta da própria responsabilidade diante de Deus e diante dos homens. Os abusos causaram sérios danos a pessoas e também à Igreja.
(...)
–A Igreja presente em todo o mundo sofre com esses escândalos. Existe, porém, a tentação de achar que o problema está localizado só na Irlanda. A carta do Papa tem múltiplos destinatários, além dos sacerdotes, das vítimas dos abusos, dos pais e de todos os católicos desse país?–Dom Odilo: A carta do Papa é dirigida diretamente aos católicos da Irlanda, mas vale para os católicos de todo o mundo. Os fatos, infelizmente, não acontecem apenas lá na Irlanda; e nem somente nos ambientes da Igreja. A tentação e a fragilidade da “carne” está por toda parte... Os abusos sexuais sobre crianças são muito mais abundantes que se possa imaginar e em todos os ambientes do convívio social. Acontecem em maior número debaixo dos tetos familiares. Isso não diminui em nada a gravidade de crimes cometidos por representantes da Igreja, mas faz pensar que ninguém deveria ficar com a alma lavada porque foram denunciados e admitidos casos na Igreja. O mal é bem mais amplo e profundo e requer uma revisão de posturas culturais do nosso tempo. O relaxamento e o desprezo pelos valores e conceitos ético-morais é uma das causas principais e a vítima é sempre a pessoa mais frágil e desprotegida.
–Bento XVI oferece o remédio para a cura do problema do abuso de crianças e adolescentes e das feridas causadas na vítimas, nas famílias e na própria Igreja? Em que consiste este remédio?
–Dom Odilo: O Papa indica na carta uma série de medidas a serem adotadas para a superação do problema na Irlanda; tais “remédios” vão desde a chamada à penitência e à conversão, à responsabilização perante a justiça civil e canônica; mas também fala da ajuda às vítimas e suas famílias e a uma grande ação missionária no país, da qual ele próprio quer participar, indo à Irlanda. Interessante é que o Papa chama o povo da Irlanda, que foi tradicionalmente muito católico, a retomar forças da sua própria história religiosa, dos seus mártires e santos, a começar por São Patrício, dos seus missionários, que contribuíram muito para a evangelização em várias partes do mundo ao longo da história.
–Que sinais de esperança podem ser identificados neste momento de dor que não atinge apenas a Igreja da Irlanda mas a toda a Igreja?
–Dom Odilo: Antes de tudo, fica uma grande chamada de alerta: não podemos perder a noção da seriedade e gravidade dos fatos. O relaxamento dos costumes e da moral é o chão no qual nascem e se desenvolvem, na maior “normalidade”, todos os vícios... Por outro lado, a carta é um chamado à vigilância: os pais estejam atentos à educação dos seus filhos e às companhias que frequentam. Uma vez, as companhias eram apenas os amigos ou as pessoas próximas; hoje, a “companhia” mais perigosa pode estar dentro de casa, na internet... Por outro lado, na Igreja, a dolorosa verificação dos fatos é o caminho necessário para a purificação e a retomada do seu autêntico serviço prestado à humanidade. O poder da graça de Deus é maior que as insídias do Maligno, que semeia a erva ruim no campo da Igreja... Foi Jesus quem falou e isso nos dá esperança.

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A Carta de Bento XVI aos católicos da Irlanda
Por Dom Antonio Carlos Rossi Keller

BRASÍLIA, domingo, 28 de março de 2010 (ZENIT.org).- Apresentamos artigo de Dom Antonio Carlos Rossi Keller, bispo da diocese de Frederico Westphalen (Rio Grande do Sul, Brasil), enviado a ZENIT nessa semana, intitulado "A Carta de Bento XVI aos católicos da Irlanda".
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Nos últimos dias, ante o assombro em relação à questão dos abusos sexuais cometidos por alguns eclesiásticos, na Irlanda, o Papa Bento XVI, como pastor zeloso da Igreja espalhada por todo o mundo, dirigiu uma Carta aos católicos daquele país, que representa, na verdade, o posicionamento da Igreja Católica frente a estas tristes realidades.
Após salientar a importância da Igreja Católica na Irlanda, país que ainda hoje tem milhares de missionários espalhados pelo mundo, e com uma vida eclesial interna muito viva e bonita, o Santo Padre fala de sua proximidade paterna na oração a toda a comunidade católica irlandesa, neste tempo cheio de amargura e de tristeza. Além disso, o Papa Bento XVI propõe um verdadeiro caminho de cura, de renovação e de reparação pelo mal realizado por uma ínfima parte desta Igreja.
Segundo a reflexão do Santo Padre, há alguns fatores que levaram ao surgimento desta triste realidade: a insuficiente formação moral e espiritual nos seminários e noviciados (ou seja, o descuido na seleção dos candidatos ao sacerdócio e à vida religiosa), além de uma mentalidade errônea em relação ao pretender evitar escândalos.
Alguns foram acobertados por este tipo de silêncio, que pretende ser como que uma defesa em relação à Igreja. O Papa convida toda a Igreja na Irlanda a refletir com seriedade, para descobrir as verdadeiras causas desta lamentável situação.
O Santo Padre dirige suas palavras e atenção a todos os membros desta Igreja. Em primeiro lugar aos bispos, para que se esforcem em “estabelecer a verdade de quanto tenha acontecido no passado, a tomar todas as medidas adequadas para evitar que se volte a repetir no futuro, a garantir que os princípios de justiça sejam plenamente respeitados e, sobretudo, curar as vítimas e quantos são atingidos por estes crimes abnormes”
Dirigindo-se às vítimas destes abusos, o Papa expressa sua tristeza e desolação pelo imenso sofrimento causado por alguns poucos eclesiásticos infiéis à sua vocação. Pede que, como cristãos que são, mesmo sendo vítimas, perdoem a Igreja e com ela se reconciliem. O Papa exorta as vítimas a procurar na Igreja a oportunidade de buscar Jesus Cristo e de encontrar restabelecimento e reconciliação redescobrindo o amor infinito que Cristo tem por todos eles.
Nas suas palavras aos sacerdotes e aos religiosos que cometeram abusos sobre os jovens, o Papa recorda-lhes “que devem responder diante de Deus e dos tribunais devidamente constituídos, pelas ações pecaminosas e criminais que cometeram. Atraiçoaram a confiança sagrada e lançaram vergonha e desonra sobre os seus irmãos. Foi causado um grave dano não só às vítimas, mas também à percepção pública do sacerdócio e da vida religiosa na Irlanda. Ao pretender que eles se submetam às exigências da justiça, recorda-lhes que não devem desesperar da misericórdia de Deus, que ele oferece livremente também aos maiores pecadores, se se arrependem das suas ações, se fazem penitência e se com humildade imploram perdão” (Apresentação da carta do Papa aos católicos da Irlanda).
Em relação aos pais, o Papa insiste na difícil tarefa que se constitui hoje o “educar”. Cabe aos pais a responsabilidade primária de educar seus filhos nos princípios morais que constituem a base fundamental para uma vida feliz e sadia. O convite do Santo Padre estende-se às crianças e jovens, que podem confiar na Igreja, para encontrar uma ocasião para um verdadeiro encontro com Cristo, não se deixando desanimar pelo mau exemplo de alguns poucos sacerdotes e religiosos. Também o Santo Padre dirige-se aos sacerdotes e religiosos da Irlanda, que na sua imensa maioria é fiel a seus compromissos sacerdotais e à vida religiosa, para que não percam a coragem e continuem a dedicar suas vidas aos apostolados assumidos. Aos bispos do país, o Santo Padre indica que o silêncio de alguns, procurando esconder estes fatos lamentáveis levou a uma perda de credibilidade para com toda a Igreja. Eles são convidados a esforçar-se com determinação a corrigir erros do passado e a se prevenirem contra a possibilidade da repetição destes mesmos erros.
Finalmente, o Papa propõe alguns remédios para estimular uma renovação da Igreja na Irlanda. Pede a todos que ofereçam as suas penitências da sexta-feira, durante o período de um ano, em reparação pelos pecados de abuso que se verificaram. Recomenda que recorram com freqüência ao sacramento da reconciliação e à prática da adoração eucarística. Anuncia a intenção de estabelecer uma Visita Apostólica a algumas dioceses, congregações religiosas e seminários, com o envolvimento da Cúria Romana, e propõe uma Missão a nível nacional para os bispos, os sacerdotes e os religiosos na Irlanda. Neste Ano dedicado em todo o mundo aos Sacerdotes, apresenta a pessoa de São João Maria Vianney como modelo e intercessor para um ministério sacerdotal revivificado na Irlanda. Depois de ter agradecido a quantos se empenharam com prontidão para enfrentar decididamente o problema, conclui propondo uma Oração pela Igreja na Irlanda, que deve ser usada por todos os fiéis para invocar a graça do restabelecimento e da renovação neste tempo de dificuldades.
Assim, com coragem, determinação e espírito de fé, o Papa Bento XVI expressa aquilo que todos nós católicos, do mundo inteiro, pensamos e desejamos em relação a estes tristes casos acontecidos não só na Irlanda, mas também em alguns outros lugares.
Com o Papa, todos desejamos uma Igreja sempre e cada vez mais fiel a Cristo e coerente com a Sua Boa Nova. Rezemos pela Igreja, para que este momento de sofrimento e contradição sirva como uma autêntica purificação.


Dom Antonio Carlos Rossi Keller
Bispo de Frederico Westphalen (RS)

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Bispos da França enviam carta de apoio ao Papa
Arcebispo de Barcelona também se solidariza com pontífice

LOURDES/BARCELONA, segunda-feira, 29 de março de 2010 (ZENIT.org).- Ao término da Assembleia Plenária em Lourdes, os bispos da França dirigiram uma carta de apoio a Bento XVI, “no período difícil que nossa Igreja atravessa”, fazendo referência aos casos de pedofilia de alguns sacerdotes e religiosos. Na carta, com data de 26 de março, os prelado expressam sua “vergonha e pesar” ante os “atos abomináveis perpetrados por alguns sacerdotes e religiosos”. Denunciam também os “procedimentos indignos” dirigidos a “atacar” o Papa e sua “missão a serviço do corpo eclesial”.
“Nós lhe dirigimos uma mensagem cordial de apoio no período difícil que nossa Igreja atravessa”, assinalam os bispos da França, evocando a carta recentemente publicada pelo Papa aos católicos da Irlanda. “Compreendemos que é também portadora de um apelo aos demais países”, afirmam.
Os prelados recordam, neste sentido, que “confirmaram as disposições tomadas pela Conferência” há dez anos e que continuam “exercendo vigilância”.
Os que cometeram atos “abomináveis” desfiguram nossa Igreja, ferem as comunidades cristãs e estendem a suspeita sobre todos os membros do clero”.
“Ainda que estes atos não sejam mais que ações de um número muito pequeno de sacerdotes – e já é demasiado – os que vivem com alegria e fidelidade seu compromisso a serviço da Igreja se veem também afetados, pela comunhão do presbitério”.
Na carta, os bispos franceses renovam sua “confiança” em seus sacerdotes e os animam “em sua fidelidade ao dom recebido e à missão que Cristo lhes confiou na Igreja”.


Barcelona
Por sua parte, o arcebispo de Barcelona, cardeal Lluís Martínez Sistach, aplaudiu a firmeza e severidade com que o Santo Padre tratou os casos de abusos sexuais por parte de membros do clero.
Na homilia desse domingo de Ramos, na catedral de Barcelona, o purpurado afirmou que o Papa agiu com “transparência, firmeza e severidade”.
O arcebispo destacou que nestes dias o Papa “se identifica mais com Jesus Cristo, pelo sofrimento em razão das denúncias de abusos sexuais (...), que são gravíssimas”.
“Temos de rezar para que o Senhor o conforte no sofrimento e mantenha sua coragem e firmeza de atitude”, disse.


(Com informação de Patricia Navas)

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Campanha internacional promovida por leigos oferece apoio ao Papa e aos sacerdotes
Iniciativa é da associação E-Cristians

BARCELONA, quarta-feira, 31 de março de 2010 (ZENIT.org) .- “Sacerdotes, coragem! Nós precisamos de vocês. Confiamos em vocês. Confiamos nossos filhos a vocês”, indica uma mensagem que leigos de várias nacionalidades estão enviando aos sacerdotes e divulgando através das redes sociais da internet. A iniciativa foi lançada nesta terça-feira pela associação E-Cristians para combater “a campanha real e muito evidente” que busca apresentar “o Papa e os sacerdotes com algo que não são”, explicou à ZENIT o presidente da associação, Josep Miró i Ardèvol.
Os idealizadores da iniciativa acreditam que “se cada leigo se mostrasse um pouco ativo, a ação teria um efeito multiplicador”, e esperam que “uma onda de confiança em nossos sacerdotes e no Papa preencha o mundo”.
“Existe uma campanha que pretende apresentar como corriqueiros fatos que são absolutamente excepcionais, manipulando e distorcendo informações”, indica uma das mensagens de apoio, que já começaram a circular na internet.
“Pensamos que este seja o momento de nós leigos manifestarmos nossa opinião, aquilo que pensamos, e a confiança que depositamos (no clero)”, explicou Miró.
“Acreditamos que esta campanha possa incidir sobre alguns sacerdotes, que se encontram inesperadamente acusados de conluio para a pratica de um crime – e de um crime muito grave”
Miró explicou que nos EUA, país com o maior número de denúncias contra sacerdotes e onde já se observa uma “transgressão da presunção da inocência”, ocorreu uma média inferior a oito casos de denúncia por ano – número que tem diminuído ao longo dos últimos anos.
“Isto num país de 300 milhões de habitantes, no qual há, apenas nas escolas católicas, cerca de 2,5 milhões de crianças”, continuou.
“Na Alemanha, 99,96% dos crimes de abuso são cometidos por leigos”, acrescentou Miró. “Mas não vi nenhum jornal mencionar esta porcentagem”.
“Ninguém tentou associar à imagem do professor uma conduta pedófila”, observou, dizendo que não se trata de um problema específico do clero.
Neste sentido, Miró referiu-se a um estudo realizado ainda em 1945 na Espanha, segundo o qual 25% das meninas e 10% dos meninos sofriam abusos por parte de seus professores.
O presidente da E-Cristians, membro do Pontifício Conselho para os Leigos, considera que a campanha difamatória do clero tenha origem principalmente em países anglo-saxões.
A este propósito, destacou como “dois veículos de comunicação particularmente importantes a BBC do Reino Unido e o New Yoork Times nos EUA”: “são os dois veículos que há anos se dedicam a atacar a Igreja, embora não sejam os únicos”.


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CNBB perplexa com ataques frequentes e sistemáticos contra Papa
Episcopado divulga nota de solidariedade a Bento XVI

BRASÍLIA, quinta-feira, 1º de abril de 2010 (ZENIT.org).- A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) saiu em defesa de Bento XVI neste momento em que o pontífice sofre ataques no contexto dos escândalos de abusos sexuais na Igreja. Em nota oficial pronunciada nessa quarta-feira, o presidente da CNBB, Dom Geraldo Lyrio Rocha, recorda que “o povo católico de todo o mundo acompanha, com profunda dor no coração, as denúncias de inúmeros casos de abuso sexual de crianças e adolescentes praticado por pessoas ligadas à Igreja, particularmente padres e religiosos”.
“É de se lamentar, no entanto – prossegue a nota –, que a divulgação de notícias relativas a esses crimes injustificáveis se transforme numa campanha difamatória contra a Igreja Católica e contra o Papa.”
“Deixam-nos particularmente perplexos os ataques frequentes e sistemáticos, ao Papa Bento XVI, como se o então Cardeal Ratzinger tivesse sido descuidado diante dessa prática abominável ou com ela conivente.”
Segundo a CNBB, uma “análise objetiva dos fatos e depoimentos dos próprios envolvidos nos escândalos revela a fragilidade dessas acusações”.
“O Papa, ao reconhecer publicamente os erros de membros da Igreja e ao pedir perdão por esta prática, não merecia esse tratamento, que fere, também, grande parte do povo brasileiro, que sofre com esses momentos difíceis, e reza pelas vítimas e seus familiares, pelos culpados, mas também pelas dezenas de milhares de sacerdotes que, no mundo todo, procuram honrar sua vocação.”
“No momento em que a Igreja Católica e a própria pessoa do Santo Padre sofrem duros e injustos ataques, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil manifesta sua mais profunda união com o Papa Bento XVI e sua plena adesão e total fidelidade ao Sucessor de Pedro”, assinala a nota da CNBB.


CELAM
A presidência do CELAM (Conselho Episcopal Latino-Americano) também expressou nessa quarta-feira, em nota, sua solidariedade a Bento XVI.
“Ao contrário do que alguns setores da imprensa têm publicado, a atitude do então Cardeal Ratzinger em relação a casos de abusos sexuais praticados por alguns membros do clero sempre foi muito firme”, afirma o texto assinado por Dom Raymundo Damasceno Assis, presidente do CELAM.
“As agressões injustas que Sua Santidade tem sofrido nos levam à contemplação do Cristo, que morreu de forma tão incompreensível na Sexta-Feira Santa, e à união com a Virgem Maria, no silêncio de sua dor no Sábado Santo, na certeza da participação na Vida do Ressuscitado para sermos, cada vez mais, Seus fiéis discípulos missionários”, afirma a nota.


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Aplauso para bispo de Nova York que defendeu Papa
Afirma que Bento XVI é lider na purificação, reforma e renovação

NOVA YORK, quinta-feira, 1º de abril de 2010 (ZENIT.org).- O arcebispo de Nova York, Dom Timothy Dolan, recebeu um longo aplauso, com todos os presentes em pé, na catedral de São Patrício, no Domingo de Ramos, quando defendeu Bento XVI das “implacáveis insinuações” nos escândalos de abusos sexuais. Ao final da Missa, o arcebispo pediu aos congregados alguns minutos de paciência e então disse que “a escuridão da Semana Santa está intensificada para os católicos nesse ano”.
Trata-se de um “dilúvio de notícias sobre abusos de menores por parte de alguns sacerdotes, dessa vez na Irlanda, Alemanha e repetindo uma velha história, em Wisconsin”.
“O que torna mais profunda a tristeza são as insinuações sem trégua contra o próprio Santo Padre, já que algumas fontes parecem ansiosas para envolver o homem que, talvez mais que nenhum outro, foi líder em purificação, reforma e renovação de que a Igreja tanto precisa”, disse.
O arcebispo Dolan, de 60 anos, indicou que a Missa Dominical não é “o lugar para documentar a falta de rigor, a parcialidade e os exageros de insultos como estes”, mas é “o momento para os católicos rezarem por Bento XVI, nosso Papa”.
Os fiéis reunidos responderam às palavras do arcebispo com um aplauso que durou meio minuto, segundo informou Associated Press.
O arcebispo Dolan destacou que Bento XVI está sofrendo “algumas das mesmas acusações injustas, gritos da multidão e açoites como recebeu Jesus”.
E assegurou que o “espetacular progresso” realizado pela Igreja nos Estados Unidos “nunca iria poder ter sucesso sem a insistência e o apoio do homem que agora está sendo coroado com espinhos por insinuações infundadas”.
Ele concluiu: “O pai de nossa família, “il papa”, necessita de nosso amor, apoio e oração.”

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