Respostas á aula de História do dia 14/09/2009

À Questão Constitutum Donatio (Doação de Constantino )
Ao longo de de um mês, tenho me deparado com o mais difícil caso de ateísmo que cruza minha vida, entre alguns debates virtuais ou pessoais, digamos que esse problema é o mais grave, me vejo constantemente em aulas que ofendem diretamente a miha religião, e como de costume, muito mal embasadas em fatos históricos (nem digamos teológicos). A vida de pré-vestibular é dura e pra piorar o sistema conspira na direção mais clichê da ciência morta, o cambate contra a Igreja Católica. Durante anos historiadores vem "tentando" provar de uma forma ou de outra a negligência da Igreja em todos os setores em que ela agiu, e forjando uma certa rivalidade da Igreja contra a Ciência, que em realidade nunca existiu. Portanto tomei a decisão de postar o outro lado da história para responder agumas ofensas proferidas á religião Católica nas aulas de História:
Ícone de Constantino I e Silvestre I, supostamente uma descrição da Doação.


A Doação de Constantino (Constitutum Donatio Constantini ou Constitutum domini Constantini imperatoris, em latim) foi um documento apresentado na Idade Média como um édito imperial romano.
Sua validade foi questionada por motivos históricos. A legítimidade da Igreja quanto aos territórios ainda é aceita históricamente, haja vista que sua dominação sobre os territórios se davam por várias outras razões e não ás do documento. Que é o que veremos no parágrafo á seguir.

OBS:A própria Igreja Católica considera o documento sem validade.

A estada de São Pedro e o seu martírio em Roma foram comprovados por escavações ordenadas por Pio XII em meados do século XX. O primado de Pedro também é entendido como certeza bíblia ( Mt 16,16-19; Lc 22,31s; Jo 21,15-17).
O Estado Pontifício foi fundado em 756 d.C., quando Pepino o Breve atendeu ao pedido de ajuda do Papa e debelou os Langobardos, que no século VIII ameaçavam invadir Roma e territórios próximos. O Papa Estevão II recorreu ao povo franco, que era governado não pelo rei, mas pelo mordomo do palácio real, Pepino.
Pepino teria reconhecido ao Papa o título de Soberano do Patrimônio de São Pedro. Isto –como já dito - teria ocorrido em 756 d.C., como expressão de estima dos cristãos ao Papa e não como efeito de trapaças e guerras de conquista. Tal episódio é tido como honesto e consistentemente admissível.
O polêmico “poder temporal dos papas” é relacionado a que muitos povos da Europa Ocidental tinham cristãos monarcas, que se sentiam na obrigação de formar a Cidade de Deus, preconizada por Santo Agostinho. Infelizmente a união do Estado com a Igreja nem sempre foi benéfica. Muitos quiseram dominar a Mesma segundo seus interesses. Existiam as investiduras leigas, onde o senhor feudal nos séculos VIII-XI nomeava o bispo de seu feudo, por exemplo. Finalmente o Papa Gregório VII conseguiu remover esta prática maléfica, pois nem todos os ordenados eram cristãos preparados para tal vocação. No século X, uma família de Roma – Teofilacto, Marócia mãe, Marócia filha e sua irmã Teodora, tentaram dominar o Papado. A Inquisição também é um forte exemplo, pois nunca foi um tribunal meramente eclesiástico, porque o Estado agia sobre a Igreja, manipulando muitos casos famosos, como a condenação de Joana d`Arca, orquestrada pelos ingleses.
De todas as formas, tanto a historicidade quanto a posição da Igreja são de negar a veracidade de tal documento.

Clique Aqui para ver a versão do Documento em latim

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