Afinal, como se trata de mais uma (das inumeras babaquices que ouvimos por aí), acho melhor esclarecer a seguinte pergunta:
A existência do Purgatório foi teorizada no pontificado do Papa Gregório I, em 593, com base no livro de 2º Macabeus 12.42-46. O Concílio de Florença, realizado em 1439, aprovou a doutrina, que foi confirmada depois no Concílio de Trento, em 1563. A Igreja Católica também se baseia em alguns trechos dos Evangelhos, que sugerem a existência de penas de gradações variadas, não-eternas, para justificar a existência do Purgatório:
40.Ora, sob a túnica de cada um encontraram objetos consagrados aos ídolos de
Jânia, proibidos aos judeus pela lei: todos, pois, reconheceram que fora esta a
causa de sua morte.
41.Bendisseram, pois, a mão do justo juiz, o Senhor, que
faz aparecer as coisas ocultas,
42.e puseram-se em oração, para implorar-lhe
o perdão completo do pecado cometido. O nobre Judas falou à multidão,
exortando-a a evitar qualquer transgressão, ao ver diante dos olhos o mal que
havia sucedido aos que foram mortos por causa dos pecados.
43.Em seguida,
fez uma coleta, enviando a Jerusalém cerca de dez mil dracmas, para que se
oferecesse um sacrifício pelos pecados: belo e santo modo de agir, decorrente de
sua crença na ressurreição,
44.porque, se ele não julgasse que os mortos
ressuscitariam, teria sido vão e supérfluo rezar por eles.
45.Mas, se ele
acreditava que uma bela recompensa aguarda os que morrem piedosamente,
46.era esse um bom e religioso pensamento; eis por que ele pediu um
sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres de suas faltas.(II Macabeus, 12, 40-46)
Mas, se o tal administrador imaginar consigo: ‘Meu senhor tardará a vir’. E
começar a espancar os servos e as servas, a comer, a beber e a embriagar-se, o
senhor daquele servo virá no dia em que não o esperar (…) e o mandará ao destino
dos infiéis. O servo que, apesar de conhecer a vontade de seu senhor, nada
preparou e lhe desobedeceu será açoitado com numerosos golpes. Mas aquele que,
ignorando a vontade de seu senhor, fizer coisas repreensíveis será açoitado com
poucos golpes.
Ora, quando fores com o teu adversário ao magistrado, faze o possível para
entrar em acordo com ele pelo caminho, a fim de que ele não te arraste ao juiz,
e o juiz te entregue ao executor, e o executor te ponha na prisão. Digo-te: não
sairás dali, até pagares o último centavo.
Segundo a Igreja Católica, a purificação no Purgatório traz grande sofrimento para as almas que o habita, mas difere grandemente do sofrimento terrestre, na medida em que estas almas têm a certeza de que entrariam, brevemente ou não, no Paraíso. A Igreja ensina que os habitantes da Terra (os vivos), através de sacrifícios, sofrimentos, orações, missas, boas obras e indulgências (lembrando que indulgência é a purificação total dos pecados, logo, é algo permitido. Proibido são as supostas "VENDAS de indulgências"), podem ajudar os seus irmãos que estão no Purgatório a aliviarem o seu sofrimento e acelerarem a sua purificação. Daí o conceito de comunhão dos santos.
No fim do mundo, o Purgatório desaparecerá, com todas as almas que lá se encontram a entrarem no Paraíso, depois de longas purificações.
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